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NA CARONA DA MATEMÁTICA



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FICHAMENTO DE PESQUISA BIBLIOGRAFICO

 

 

 Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Licenciatura em Matemática – EAD

Disciplina:Metodologia da Pesquisa científica

Professora: Tania Maria Hetkowsky

                Pólo:Euclides da Cunha   G: 6

                Aluna: Elizangela modesto da silva

 

 

Novembro de 2012

 

 

 

 

 

 

 

 

FICHAMENTO DE PESQUISA BIBLIOGRAFICA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OUTRAS LUZES: UM RIGOR INTERCRÍTICO

PARA UMA ETNOPESQUISA POLÍTICA

 

 

ROBERTO SIDNEI MACEDO

DANTE GALEFFI

ÀLAMO PIMENTEL

 

 

 

 

PIMENTEL, Álamo Gonçalves; GALEFFI, Dante; MACÊDO, Roberto Sidnei. UM RIGOR OUTRO: a questão da qualidade na pesquisa qualitativa - Educação e Ciências Humanas.

Salvador: EDUFBA, 2009. 174p.

 

 

 

 

 

 

 

 

INTRODUÇAO

 

Buscar rigor significa qualidade epistemológica, metodológica, ética e política socialmente referenciadas, da pesquisa dita qualitativa.

O contexto europeu de debates sobre a pesquisa qualitativa nas ciências antropossociais e em educação, um conjunto de argumentos que nos reenvia para algumas identificações como, por exemplo, o artigo Splendeur, misere eT promesses de La recherche qualitative, de Michael Huberman.  Só o titulo do artigo já é suficiente para compreendermos o anuncio da problemática tratada. Neste contexto de argumentos, percebemos que nosso maior desafio é realizar uma refinada aliança implicando rigor e pertinência nas pesquisas qualitativas em educação e em outros campos das pesquisas antropossociais.

A qualidade do conhecimento que produzimos sobre o mundo não esta separada da qualidade antropossocial que queremos para o mundo.

A idéia de rigor nas pesquisas qualitativas constituída fundamentalmente por uma perspectiva sistêmica onde filosofia, política, historia ética e cultura transversalizam as opções e escolhas daí advindas.

 

p.76 É bom que saibamos que as comunidades acadêmicas e cientificas nas suas perspectivas culturais, contradições, ambivalências, desconstruções, ou mesmo pelas suas especificações histórias, políticas e éticas, sempre nos cobrarão a construção de um certo sentido de rigor. Nestes termos, esta problemática não se coloca tratando no domínio de uma forma exata de pensar, construir e socializar conhecimentos, ou de trilhar os caminhos sacrossantos que pretendem nos levar ate a verdade, mas sobre a inserção no debate e na defesa, de justos etmometodos, de pensar e de construir os caminhos da pesquisa em termos técnicos, éticos, estéticos e políticos que nos possibilite qualidade na produção do conhecimento e suas implicações. Eis a nossa questão.

 

Para que haja a possibilidade da qualidade na produção do conhecimento e suas implicações devemos trilhar caminhos que nos ensina no debate e na defesa de jeitos e métodos de pensar e de construir os caminhos da pesquisa.

P.78  Queremos enfatizar, que coerente com o caráter perspectivistas das pesquisas qualitativas, na medida que acolhem, trabalham e aprendem com a diferença aqui esta o que funda as etnopesquisas sendo a idéia de rigor para esse jeito de pesquisar não abrindo mão de exercitar o perspectivismo , inerente a sua emergência político-epistemológica, até  porque entende que o conhecimento é  do âmbito da heterogeneidade e da psicologia.

O fundamento da etnopesquisa é a perspectiva de trabalhar e aprender com a diferença em relação aos sentidos convencionais do que seja o rigor em pesquisa.

 

p.80  Não queremos confundir rigor com rigidez, com a estupidez e a cegueira rigorista, nem com meras prescrições lógicas.

 

O que deve haver é busca de qualidade e ética.

 

p. 87 Para Gadamer (1999), por exemplo, a compreensão produz o sentido; a compreensão transforma o que foi transmitido no horizonte do presente antecipando o futuro, sobre a base de uma comunidade que nos religa a tradição.

 

A compreensão para o pesquisador é Predominante e um processo tal que pode um texto ser compreendido de maneira diferente a cada momento que se lê.

 

p.102 As perspectivas de triangulação ampliada e de generalização analítica, possibilitam o enriquecimento e a robustez de uma pesquisa qualitativa, na medida em que produzem o denominado esquema das múltiplas vozes. Neste caso, substituindo a duvida pelas potencias positivas da multiplicidade (GERGEN E GERGEN, 2006, p.370), os pesquisadores qualitativos  ao mesmo tempo que reconhecem os problemas da validade classicamente conquistada, proporcionam um leque potencialmente rico de interpretações ou de perspectivas, não erradicando as opiniões das minorias ou da maiorias silenciadas. Evitam, com isso, as atribuições personalisticas, as pasteurizações identitarias e as conclusões da unicidade, não raro para o lado da oficilidade e do que é trigemônico.

Ter uma pesquisa qualitativa forte é substituir a dúvida pelos potenciais positivos.

 

p.115 A interpretação , a compreensão e a intervenção são, para nós, âmbitos de complexidade, a serem trabalhados pelos pesquisadores qualitativos engajados, implicados. Bem como, aceitamos a idéia de que a compreensão do mundo e sua transformação são sinérgicas, portanto, não antinômicos, não-autinômicos.

Não há transformação se não há trabalho e pesquisa se não houver compreensão.

 

p.119 Neste caso o ato de pesquisar terá que se constituir num ato incontornável e constante de autorização para invenção de novas possibilidades e maneiras de produzir conhecimento.

O ato de pesquisar produz conhecimento.