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NA CARONA DA MATEMÁTICA



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NAO MATARÁS ATE QUE PONTO NAO PODEMOS?

O mandamento "Não matarás" (em hebraico, לא תרצח, Lo Tirtzach) é o sexto dos Dez Mandamentos, conforme apresentado no livro de Êxodo (20:13) e reiterado em Deuteronômio (5:17). Este mandamento é central na teologia judaica e cristã, sendo interpretado e aplicado de diversas formas ao longo da história, tanto nos contextos religiosos quanto éticos.

O Texto Original e o Significado do Verbo

No hebraico bíblico, o verbo utilizado é "רָצַח" (ratsach), que significa "assassinar" ou "tirar a vida de maneira ilícita". Este termo não se refere genericamente a toda forma de morte, mas especificamente a atos de assassinato premeditado ou homicídio moralmente injustificável.

Diferença entre "ratsach" e outros termos: No hebraico, outros termos, como "הרג" (harag), referem-se a matar em geral, incluindo mortes em guerra ou por acidente. Isso sugere que o mandamento não proíbe todo tipo de morte, mas homicídios intencionais e ilegítimos.

A Torá, além de apresentar este mandamento, desenvolve leis que detalham situações em que a morte é tratada de maneira diferenciada:

Homicídio premeditado: É condenado com pena severa, frequentemente a pena de morte (Êxodo 21:12-14).

Homicídio culposo: Em casos de mortes não intencionais, havia cidades de refúgio onde o culpado poderia se refugiar para evitar a vingança do "vingador de sangue" (Números 35:9-15).

Execuções legais: A pena capital é ordenada em alguns casos específicos, como idolatria ou adultério, demonstrando que a proibição de matar não abrange o exercício da justiça conforme a Lei

No judaísmo, o mandamento é entendido como uma proibição contra o assassinato injusto. Ele é parte dos princípios éticos básicos que regulam o respeito pela vida humana:

Pikuach Nefesh (preservação da vida): Esse princípio afirma que a preservação da vida humana supera quase todas as outras leis.

O Talmud: Discute o valor da vida humana, declarando que quem destrói uma vida é como se destruísse o mundo inteiro (Sanhedrin 4:5).

No cristianismo, "Não matarás" é ampliado por Jesus Cristo em seu Sermão do Monte:

Interpretação de Jesus (Mateus 5:21-22): Jesus não apenas proíbe o assassinato, mas condena a raiva injusta e o desprezo ao próximo, ampliando o significado ético do mandamento.

A doutrina da santidade da vida: O cristianismo enfatiza que a vida humana é sagrada porque é criada à imagem de Deus (Gênesis 1:26-27).

Nos tempos modernos, este mandamento continua a ser discutido em questões éticas, como:

Aborto e eutanásia: Muitas tradições religiosas citam este mandamento para condenar práticas que tiram a vida.

Pena de morte: Há debates teológicos sobre sua aplicação, com algumas denominações rejeitando-a por causa do princípio do perdão.

Guerra e autodefesa: Embora o mandamento proíba o assassinato, a legitimidade de matar em defesa própria ou em conflitos armados é debatida.

O mandamento "Não matarás" também tem uma aplicação espiritual e simbólica:

Morte espiritual: Algumas tradições veem nele uma proibição contra destruir a dignidade ou a alma de alguém através de palavras ou ações.

Amor ao próximo: Ao proibir o assassinato, ele chama à preservação da vida e à promoção da paz e reconciliação.

Em resumo, o mandamento "Não matarás" é uma proibição contra a destruição injustificada da vida humana, com implicações profundas em contextos legais, éticos e espirituais. Ele reflete o valor absoluto da vida e o chamado divino para que a hu

manidade viva em justiça e respeito mútuo.